Um sistema público e universal de pensões e de saúde mais cedo ou mais tarde terá de dar nisto: na limitação de vida das pessoas. O que os democrápulas americanos chamam «aconselhamento de fim de vida» é mesmo isso: aconselhar as pessoas que já estão a tornar-se um peso no sistema (e que tendem a ter juízo e a votar conservador) a abdicar da sua vida e a deixarem-se matar. Que ideia exagerada, painéis de morte! Não há nenhum sistema público de saúde ou de pensões que não venha a ser arrebentado por dentro pelo hábito persistente de as pessoas se deixarem viver mais anos na vã esperança de que os seus netos se resolvam a sair da casa dos pais e a constituir família antes do aparecimento das primeiras rugas neles. Como as mulheres portuguesas não querem ter filhos (e não me venham com essa do não podem ou do teriam se...), o sistema de segurança social teria cinco anos a funcionar. Teria se a guerra não viesse entretanto, como estou convencido de que virá. No fundo isto funci
A verdade por vezes é uma espada de dois gumes.
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