Avançar para o conteúdo principal

Quem é o Ocidente para dar lições de moral à Rússia?

  1. Estados Unidos e Afeganistão perdem o rasto a milhares de armas.
  2. A ISIS está a ser financiada e armada pelos Estados Unidos. A ISIS comete crimes que nem o Assad, nos seus piores dias, comete. Contra cristãos, também.
  3. A Líbia foi tão libertada que aposto que muitos líbios não se espantam que à Primavera tenha sucedido o Inverno.
  4. Embora o governo da Ucrânia não seja nem tenha sido Nazi, nunca foi santo. Tenho esperança no Poroshenko. Vejamos como vai acabar isto.
  5. A Rússia é corrupta. Pois é. E a União Europeia, é melhor? Que fazem os gabinetes de lóbi todos em Estrasburgo e em Bruxelas? Poesia criativa?

A União Europeia é uma prostituta velha, arrogante e incapaz de perceber que os seus anos de beleza já se foram e que o creme de baba de caracol da imprensa influenciada não lhe cobre as rugas. Antes de a União Europeia ou de os Estados Unidos sancionarem a Rússia, os cidadãos daqueles países já deveriam ter lançado sanções ao Obama e ao Juncker e ao Barroso e ao Draghi.

Sou contra sanções à Rússia. Sou a favor de convidar a Russia para integrar a União Europeia, e deixar que aquela influencie a política europeia. Sempre que a Rússia o fez, fora o negro período comunista, foi para melhor.

A Europa cultural vai do Cabo da Roca à Ilha do Amanhã, no Estreito de Bering. Não faz sentido pensar numa União Europeia e numa Rússia ou União Euro-Asiática. A União Soviética acabou há quase um quarto de século, está morta e enterrada, e ainda bem. A União Europeia deve procurar a integração da Rússia, da Ucrânia, da Moldávia, da Bielorússia, da Geórgia e do Cazaquistão, pois culturalmente somos semelhantes. Não somos semelhantes aos mongóis, mas somos aos turcos, aos khazaques e aos russos.

Esta integração, a ser realizada, trará uma benesse extra: acabam as disputas entre blocos e guerras na Ucrânia, na Geórgia e a que acabará por acontecer na Estónia. Além disso, provavelmente a Bielorússia veria a luz da democracia pela primeira vez, já que não se consegue estar na União sem pelo menos ter uma semelhança à democracia, mesmo se cada vez mais controlada pelo Soviete Supremo de Bruxelas. Se quisermos consertar a União Soviética da Europa, basta que a Europa seja um espaço de comércio livre e nada mais. Sem sanções nem política externa nem apelos ao banimento de livros como «Os Cinco», da Enyd Blyton. Nem Parlamento nem Comissão. Estas coisas fazia a União Soviética e veja-se o mal que esta vez à humanidade e as mortes que causou. Também a União Soviética começou como uma boa ideia na cabeça de algum iluminado.

Bem prega o Frei Tomás. Ou o Reverendo Juncker. Ou o Santo Obama. Mas nenhum deles me mostra que é melhor do que aqueles que persiste em censurar.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Morra aos 70. Não fica cá a fazer nada. Dizem os democrápulas.

Um sistema público e universal de pensões e de saúde mais cedo ou mais tarde terá de dar nisto: na limitação de vida das pessoas.  O que os democrápulas americanos chamam «aconselhamento de fim de vida» é mesmo isso: aconselhar as pessoas que já estão a tornar-se um peso no sistema (e que tendem a ter juízo e a votar conservador) a abdicar da sua vida e a deixarem-se matar. Que ideia exagerada, painéis de morte! Não há nenhum sistema público de saúde ou de pensões que não venha a ser arrebentado por dentro pelo hábito persistente de as pessoas se deixarem viver mais anos na vã esperança de que os seus netos se resolvam a sair da casa dos pais e a constituir família antes do aparecimento das primeiras rugas neles. Como as mulheres portuguesas não querem ter filhos (e não me venham com essa do não podem ou do teriam se...), o sistema de segurança social teria cinco anos a funcionar.  Teria se a guerra não viesse entretanto, como estou convencido de que virá. No fundo isto funci

Partido libertário em Portugal?

Partido Libertário Português Ao que parece, alguém criou um tal Partido Libertário Português. Estava à procura de partidos libertários na Europa quando dei com isto. Parece ser criação recente e, além da tralha no Livro das Fuças , não parece ser dotado ainda de personalidade jurídica. Não escondo que se fosse britânico o UKIP teria o meu voto; mas nunca, sendo francês, votaria na Frente Nacional. A Frente Nacional é estatista e tão neo-totalitária como os comunistas. Nada de bom advirá dela. O UKIP, por seu turno, é liberal e, como eu, defende um estado pequeno. Esta entrada num dos blogues do The Spectator diz tudo: a Frente Nacional é estatista, o UKIP libertário. Termino com um vídeo de Nigel Farage, o eurodeputado estrela do UKIP onde acusa consubstanciadamente da União Europeia de ser o novo comunismo. Com carradas de razão.

Vou fazer uma pergunta.

Isto de subir o peso do Estado, de nos fazer pagar mais impostos para manter os privilégios de alguns e os empregos de demasiados funcionários públicos, e de sufocar as empresas com regulações e autorizações e alvarás e licenças é: Neo-liberal? Neo-totalitário? Perfeitamente imbecil? Note-se que pode escolher duas respostas, desde que inclua nestas a terceira.