Avançar para o conteúdo principal

Vale tudo para ajudar, digo, combater o terrorismo

O Ocidente já não sabe o que fazer para provocar uma guerra com a Rússia, para encobrir o empurrar para a frente com a barriga que está a fazer ao ligar as impressoras de dinheiro.

Se queres paz, prepara a guerra.  Se queres guerra, finge-te invencível.


A Rússia não anda recomendável por estes dias, mas a culpa é nossa, do Ocidente.  A Rússia e a China estão a preparar-se para uma guerra que sabem inevitável.  Entretanto por cá andamos a patrocinar uns gajos do Estado Islâmico para justificar uma guerra ao terrorismo.

Nem Portugal Escapou.  A nossa ministra da Cagança de Justiça, a dótôra Paula Teixeira da Cruz, já andou com o da Administração da Caserna a fazer leis contra o terrorismo.  Dizem eles que são contra o terrorismo, mas, caro leitor, um dia até um de nós será considerado terrorista.  Como o terrorismo é um rótulo indefinível e propositadamente deixado em aberto, tempo virá em que, meus caros, todos seremos terroristas por criticarmos o governo, ou a União Europeia, ou o Santo Obama, ou o belicismo da NATO, ou o casamento homossexual ou a Sagrada Constituição da República Platanense Lusitana.

Disse um francês, creio que Bastiat, que para sabermos quem manda em nós é só preciso enumerar quem nos é proibido criticar.

Bomba suja lava mais branco.

Vem isto a propósito de um congressista americano andar a dizer que andam todos por lá com medo de uma bomba suja (bomba de urânio empobrecido que torna uma zona de cerca de 5 km de raio inabitável por uns meses), bomba essa que seria a maneira de os terroristas se juntarem às festas do 4 de Julho, o dia da independência dos Estados Unidos --- e a festa da Cidade de Coimbra.


Então o que é que faz o FBI?  Abre 56 postos de controlo por todos os Estados Unidos, desloca milhares de homens e anda numa caça cega a sabe-se lá o quê.  A minha perspetiva é que nem há bomba suja nem o exercício é mais do que uma grande invectiva ou investida lançada contra os conservadores cristãos que fizeram os Estados Unidos grande, mas que de repente são malquistos na sua própria terra.

Vai-se passar o 4 de Julho, vai haver um pequeno atentado algures, provavelmente em Chicago, para eu ganhar uma aposta.  Vai-se culpar a malta de sempre ou arranja-se outra para culpar.  E no fim o FBI vai dizer que afinal conseguiu à undécima hora apanhar os meliantes, como na série de televisão chamada 24, com fanfarra triunfal que nos sabe a uma ovação com pífaros.

No interim, gasta-se dinheiro como se não houvesse amanhã.  E provavelmente não haverá amanhã.  Não um amanhã como hoje.

O Ocidente farta-se de provocar a Rússia.  Não se queixe quando a Rússia e a China, de surpresa, ditarem o fim do Ocidente.  Não faltam avisos.  Falta juízo, e muito, da parte de cá.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Partido libertário em Portugal?

Partido Libertário Português Ao que parece, alguém criou um tal Partido Libertário Português. Estava à procura de partidos libertários na Europa quando dei com isto. Parece ser criação recente e, além da tralha no Livro das Fuças , não parece ser dotado ainda de personalidade jurídica. Não escondo que se fosse britânico o UKIP teria o meu voto; mas nunca, sendo francês, votaria na Frente Nacional. A Frente Nacional é estatista e tão neo-totalitária como os comunistas. Nada de bom advirá dela. O UKIP, por seu turno, é liberal e, como eu, defende um estado pequeno. Esta entrada num dos blogues do The Spectator diz tudo: a Frente Nacional é estatista, o UKIP libertário. Termino com um vídeo de Nigel Farage, o eurodeputado estrela do UKIP onde acusa consubstanciadamente da União Europeia de ser o novo comunismo. Com carradas de razão.

Morra aos 70. Não fica cá a fazer nada. Dizem os democrápulas.

Um sistema público e universal de pensões e de saúde mais cedo ou mais tarde terá de dar nisto: na limitação de vida das pessoas.  O que os democrápulas americanos chamam «aconselhamento de fim de vida» é mesmo isso: aconselhar as pessoas que já estão a tornar-se um peso no sistema (e que tendem a ter juízo e a votar conservador) a abdicar da sua vida e a deixarem-se matar. Que ideia exagerada, painéis de morte! Não há nenhum sistema público de saúde ou de pensões que não venha a ser arrebentado por dentro pelo hábito persistente de as pessoas se deixarem viver mais anos na vã esperança de que os seus netos se resolvam a sair da casa dos pais e a constituir família antes do aparecimento das primeiras rugas neles. Como as mulheres portuguesas não querem ter filhos (e não me venham com essa do não podem ou do teriam se...), o sistema de segurança social teria cinco anos a funcionar.  Teria se a guerra não viesse entretanto, como estou convencido de que virá. No fundo isto funci

Vou fazer uma pergunta.

Isto de subir o peso do Estado, de nos fazer pagar mais impostos para manter os privilégios de alguns e os empregos de demasiados funcionários públicos, e de sufocar as empresas com regulações e autorizações e alvarás e licenças é: Neo-liberal? Neo-totalitário? Perfeitamente imbecil? Note-se que pode escolher duas respostas, desde que inclua nestas a terceira.